segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Ferris Buller Day Out


Confesso que foi meio confuso o fato de escrever hoje aqui,nao sabia direito se escrevia uma cronica,um conto,poesia...
Vai la uma cronica que sempre foi minha paixao depois de ler minha primeira,Rubens Braga.Hoje em dia nao consigo ler nem uma cronica inteira dele,nao gosto.
Vi um filme chamado Y tu mama tambien,alternativo com otimos atores,inclusive Gael Garcia Bernal. No comeco achei que o filme era so uma proposta as escondidas de mostras sexo sem compromisso,como os homens sao cachorros,e que gente rica e sinonimo de arrogancia.
La pro final do filme fui me interando,mais precisamento no final. "A vida e como espuma do mar,por isso seja como o mar"
No final,a atriz principal,a qual provocou a experiencia mais intima e exclusiva dos outros dois personagens morre,cancer.O interessante e que ela sabia da doenca e ai vamos chegar no velho cliche de viver a vida adoidado antes de morrer.
Por que existem tantos filmes sobre pessoas que vivem todas as experiencias que queria viver antes de morrer? Por que nao fazem mais ferris buller day out? Um cara comum que faz coisas inconsequentes e experimenta de tudo um pouco por um dia? Nao,ferris nao morre,nao tem nenhuma doenca terminal,e ainda tem uma namorada muito bonita.
Pensando nisso,esses cliches que envolvem morte e vida ao mesmo tempo,nao querem fazer mais nada que alertar as pessoas.Por mais que uma menssagem seja,aproveite a vida,a outra eh CALMA! Claro,que esse e meu ponto de vista,pensei bem e acho realmente que o fato de essas pessoas estarem no fim da vida,faz de uma forma mais subjetiva com que pensemos que nao estamos morrendo,entao podemos ter calma.
Ao contrario dos filmes dos anos 70,onde o personagem que experimentava a vida a flor da pele,nao morria,pelo contrario,era algo normal.
Viver e olhar as coisas como se fosse a primeira vez,viver sem encanar tanto no futuro,esquecer,abstrair nao sao coisas para se fazer no final da vida,nao tem idade nem momento.
Fora que nao existe nada mais depre do que o final desses filmes neh?

terça-feira, 8 de julho de 2008

Nothing is gonna change my world


Ontem de madrugada,gracas a minha insonia,vi ao filme Across the Universe. Em um dialogo do filme,um dos personagens diz: O que voce eh vai determinar o que voce faz,e nao o contrario.
Aquilo me pegou desprevenida,nao conseguia mais prestar tanta atencao no resto do filme. A ideia de que o que eu faco eh so um reflexo doq eu sou me pegou.
Eu me vi.Como se fosse mesmo capaz a alma sair do corpo e o ver de longe,externamente.
E o que vi nao era mais a minha pessoa,era alguem que eu tinha pavor de ser.E agora eu era.
Eu desisti. Eu virei as coisas que eu faco,nao faco o que eu sou. Na verdade abdiquei da minha propria pessoa faz um tempo,ja nao sou alguem.
Sabe aquela coisa de viver sim eh ter coragem? Parece que virei covarde,coadjuvante da minha vida,marionete,ando por ai apenas existindo.
Todos os meus sonhos,desejos,paixoes foram se enfiando pelos cantos,sendo deixdos de lado.
De repente quero ser tudo aquilo de novo.Quero ter meus sonhos nao longe,mas como objetivos.Quero ter minha paixao novamente,minha vida de novo.
Mas parece tao dificil,mai dificil do que respirar.Entao apenas respiro,ouco o bater do meu coracao,esqueco quem fui,tento nao lembrar de quem vou ser e vou existindo.
Pra onde foi aquele espelho onde guaradava toda minha essencia? Por onde andei que ja nao reconheco meus passos,nem os caminhos? Nao me iludo com poucas palavras,nao me emociono mais com fatos corriqueiros nem levo a vida tao leve como antes.
Respiro uma brisa cinza e escura,a qual invade meus pulmoes e me sufoca aos poucos,assim,sem eu notar.
Me escondo por sombras e rezo pra que isso passe...

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Brasil,esquentai vossos pandeiros


Bom,para comecar esse teclado americano nao tem cedilha nem acento...por tanto perdoem-me o mal portugues.
Acho que ninguem que mora do Brasil teve saudade do pais ate que fique um bom tempo fora dele.Parece uma coisa obvia,mas visto que existem tantos brasileiros querendo vir morar fora,nao parece tao cliche assim.
Eu,ao contrario dos descritos anteriormente,sofro constantemente de uma saudade irremediavel do meu pais.Nao so de Sao Paulo,mas do Brasil em si.
Eu sempre gostei muito de viajar,conhecer gente,historia,clima,tudo novo.Mas por dentro,meu desejo de verdade era ir pra cada Estado do meu pais,ja conheci alguns,e nao teve um que eu nao voltaria.Ok,talvez a cidade de Porto Seguro,mas nao que nao seja bonita,fora toda a historia...
Fora esse meu sentimento de sangue latino,que por aqui ja nao me encanta tanto mais.Tem muito latino,mas a maioria nao volta,e nem pretende voltar,pro seu pais a no minimo 6 anos.O que me incomoda profundamente,e o que me afasta deles.
Pra ser bem sincera,Guarulhos nao me traz muitas saudades,so algumas risadas,mas nenhuma nostalgia de fato.ja Sao Paulo...
Mesmo os cantos mais tenebrosos de Sao Paulo me encantam,nao que eu ache bonito,mas o sentimento de um progresso,mesmo que longinquo,a esperanca...
Eu me lembro que na escola,a primeira coisa que eu decorei foi o hino.La no mater tinhamos que cantar o hino toda quarta,ate a quarta serie foi assim.Mas fora o hino agente tinha uma musica pra aprender a cantar tambem,fora a febre de Mamonas Assasinas que pairava naquela epoca,todo mundo sabia as musicas de cor e salteado.
E eu,sempre achei o hino facinante,mesmo cantando errado.
As vezes,acordo bem triste aqui,com uma vontade insana de ir embora,repito ate me acalmar um veso de Oswald: Nao permita Deus que eu morra/Sem que volte pra Sao Paulo/Sem que veja a rua 15/E o progresso de Sao Paulo.
Eh como uma prece...
A primeira vez que o li perguntei pro Lucas que raio de rua 15? Ironicamente ele me respondeu que era a augusta.rs
Para concluir,minha vida tem sido saudosa,de uma saudade pungente,latejante,urgente...

quarta-feira, 26 de março de 2008

Lá estava,em sua vida vazia e cinza,cheia de melancolia e dor própria,própria de quem nem ao menos consegue chorar.Em meio a angústia dos dias vazios,cada possibilidade de melhoria ou de um encontro com a vida que ela não tinha mais,pois apenas existia,era uma esperança.Palavra que raramente ela pronuncia,mesmo hoje.
Então ligou,abriu uma porta e uma janela naquela noite fria,era como se revivesse aos poucos uma paixão ainda dormente.Não foi atoa que persistira,não só pela dor e pela curiosida,como se nada temesse,mas por uma sensibilidade tamanha que nem mesmo ela reconhecia.
E foi assim,em um dia de setembro que eles se viram,não resistiu ao olhar,seu rosto reluzia com o cinza e a luz do sol do dia,quente.Fingiram que não eram com eles mas estava feito,eu me apaixonei antes mesmo de conhece-lo.
Aos poucos fui tentando me ater a fatos e detalhes que poderiam me prejudicar mais tarde,como se quisesse de alguma forma me privar do que viria.Não teve como,poderia enumera-los aqui,todos os defeitos que encherguei em meia hora de conversa,mas nenhum sombreava o que ele é,nenhum de seus defeitos me intimidava,e antes até do primeiro beijo minha vida já era dele.
Me dizem que ele anda por aí,vivendo no cinza de mais um dia.
Na verdade,a rotina dele foi no que eu mais me apeguei,por isso a água salgada na boca.
Posso dizer que em meio tanto sangue em minhas veias correm metade dele,seus olhos amorteceram a minha queda,seus beijos e suas mãos geladas me prenderam por um instante a aquele mundo que eu inventei.Mas o instante petrificado é o que chamamos de eterno.
Ela vive hoje na masmorra,só por ele,e por mais nada.
E foi isso que me transformou de verdade

terça-feira, 11 de março de 2008

O título do blog é simples,um trecho de uma música do los hermanos : "vou ser coroado rei de mim".A música é a última do album que eu mais gosto,Ventura.O nome do album é lindo também neh? Ventura quer dizer sorte...


Vinicius de Moraes escreveu tanto de amor,e teve tantas musas em sua vida,que as vezes eu acho que o maior poeta de sonetos romanticos que já passou por nossa terra,nunca amou de verdade.


"Senão é como amar uma mulher só linda
E daí? Uma mulher tem que ter
Qualquer coisa além de beleza
Qualquer coisa de triste
Qualquer coisa que chora
Qualquer coisa que sente saudade
Um molejo de amor machucado
Uma beleza que vem da tristeza
De se saber mulher
Feita apenas para amar
Para sofrer pelo seu amor
E pra ser só perdão.
(...)
Feito essa gente que anda por aí brincando com a vida
Cuidado, companheiro
A vida é pra valer
Não se engane, não
É uma só
Duas mesmo que é bom
Ninguém vai me dizer que tem se provar muito bem provado com certidão passada em cartório do Céu assinado em baixo: Deus!
E com firma reconhecida
A vida não é de brincadeira, amigo
A vida é arte do encontro embora haja tanto desencontro pela vida."